Charlotte tentou uma pirueta e um plié, depois uma pirueta e um grand plié. Junto com as outras moças, repetiu a série de exercícios. Todas suavam, exaustas, mas Charlotte mantinha o exercício com leveza. Um, dois, um dois, um, dois... Olhava-se no espelho, corrigindo o movimento errático das mãos, o queixo erguido. Os olhos duros não demonstravam a dor que sentia no tornozelo, e só fazia piorar a cada série, e piorava, e piorava e piorava...
"Charlotte! Eu ouvi um barulho... Ah, filha, o que aconteceu?"
Caída no chão de seu quarto, Charlotte olhava-se no espelho: chorava, suada, segurando o tornozelo torcido.
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