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Sabia uma coisa
Muito louca?
Um dia havia
Uma garota
Ela era assim
Meio sem noção
Para tudo que via,
Ria de montão
Por todos por quem passava
Uma reverência ela dava
Para todos que sorria
Um canto se seguia.
Mas a garota
(que era meio louca)
Uma coisa triste carregava:
Era meio louca.
De tudo o que ria
A garota também chorava
Era meio indivi(dualista)
Às vezes, duas caras.
Para não pagar de bruxa
Fingia estar tudo sussa
E quando não queria,
Se cortava sentada na pia.
Um belo dia
A menina que de tudo sorria
E de tudo chorava
Encontrou um moço que a encantava.
Conversavam cá
Conversavam lá
Como que, será,
Tão juntos haviam ficado?
E a menina que tanto sorria
Não mais chorava
(nem se cortava)
Louca, que louca!
Chamava-a de bruxa
O moço bonito,
Mas ela não ligava
A ele era permitido.
Mas ele foi embora,
(embora quisesse ficar)
Em boa hora se foi
E a menina pôs-se a chorar.
Agora, de novo,
A menina que tanto sorri,
Tanto chora quanto se corta,
Mas não desaprende à fingir.
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